sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Casa de Minha Infância


Era uma casa humilde, mas muito aconchegante, tinha uma calçada enorme na frente, ficava maior parte na sobra, porque tinha algumas árvores frondosas na frente. Uma paisagem linda poderia ser vista dali, debaixo daquelas arvores sentado numa cadeira de balanço, era onde nos reuníamos todas as noites pra ouvir e contar algumas histórias;
A sala não tinha muita coisa, ao entrar dava logo pra ver um oratório que a minha mãe sempre juntava a família pra rezar, tinha algumas imagens de santos, lembro que era bem colorido, com fitas e flores, tinha também no pé da parede uma mesinha com um radinho e algumas cadeiras de “macarrão”.  Do outro lado, perto do corredor, uma porta era onde guardavam milho e feijão, parecia o que chamamos hoje de dispensa. O corredor dava pra cozinha, mas no meio dele passávamos pelo quarto da minha mãe. Lembro bem, aquele quarto grande com janelas enormes. Na cozinha aquele fogão a lenha, só de ver o fogão já sentia o cheiro bom e o sabor da comida de Dona Maria (minha mãe) a melhor comida que já comi.
Nos fundos tinha uma decida que dava num pequeno açude.
Nem imaginava que poderia sair dali um dia, quando morava naquela casinha nem poderia imaginar que existiam tantos problemas nesse país. Minha inocência se encarregava de fantasiar uma vida linda em meio a tantas dificuldades... e era tudo tão lindo.  
Ao mesmo tempo em que uma melancolia invade meu peito... È gostoso lembrar.
...È um impulso, estimulo para sorrir apesar de todas as dificuldades, das saudades de outrora e assim continuar as batalhas diárias, com vitorias e derrotas, nesse mundão de meu Deus,  que mesmo não tendo a calmaria da minha casa de infância é lindo e às vezes aconchegante igualzinho a casa de Mãe.

Sandrinha Ramos


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